quarta-feira, 2 de setembro de 2009


Vida Estúpida



Como pode um coração conter tão distintas emoções? Estilhaços atímicos de rubis ao sol findo a esmeraldas castas de pele humana feminina. A loucura é uma linha de algodão tingida de aparente finitude. E eu? Sou uma sura transparente revelando a cada vôo as cores ditadas pelo tempo. Todo amor que derramei nas taças meninas, foi bebido como vinho puro, nobre e rubro. Escorrido pelos lábios, doce, adorado e depois... tragicamente esquecido. O amor é ausência! E eu não sou nada! Apenas uma noite estrelada feita de promessas que eu não sei cumprir. Amanhece sempre! E o sol apaga todas as estrelas. O amor é noite. E eu não posso impedir que o dia venha. Não tenho talento para o contínuo, para a reta e o rio, para o correto, para o traço firme. Minhas mãos não sabem desenhar o que meus olhos vêm. Minha boca não canta o que minha alma sopra. Restou-me então, apenas, nesta vida estúpida e parca, um caderno com folhas brancas onde tudo, tudo é possível, mas nada acontece.

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