terça-feira, 11 de agosto de 2009


Luz...




Um mundo se abre e o olhar se encanta.
Uma dona, de vestido de luz desfila calma.
A rua é negra, mas ela traça um cometa a cada
passo descalça.

As lamparinas mascavas ao longe, parecem
refúgio de outro tempo. Quando a luz era amarelada.
Quando o chão era marrom e o amor se deitava
nas praças sem culpa.

As linhas de cada trama de cetim guardam uma
carta guia de como nossa alma é arranjada de fios infindos.

Estamos ligados a tudo como uma enorme coberta que aquece

os corpos e deixa o espírito sonhar tranqüilo.

Hoje, o presente, é o grande dia. Não ha outro ou outra magia. Nada.

Por isso, salve-se com um beijo doce, do amanhã que não chegará.

Concentre-se nos lábios rubros do seu amar e você, enfim

encontrará a imortalidade deste instante lírico.

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