terça-feira, 27 de outubro de 2009


Perguntas sem Respostas



O que é o amor? Eu não sei! Você me ama? Amo. Amo de mais para dar conta. Para contar, para dizer, pra medir. Mas quando jogo uma pedrinha na lagoa que roubei das suas mãos um círculo se forma n’água e algo se desmancha dentro de mim. Amor... O que é paz? Eu também não sei . Eu não sei mesmo. Não sei dizer nada sobre algo tão leve, sem substância nem cor. Mas quando você passa suas mãos no meu rosto como uma pena de algodão. Eu sinto um silêncio perfumado calar minhas guerras baldias. Minha flor... O que é liberdade? Eu não tenho idéia. Não tenho jeito para falar sobre o que não cabe na minha boca e nem nos meus pés. Mas quando ando descalço pelos desvios nos quais me atrevo caminhar e sinto o marrom úmido do chão. Posso andar dias me alimentando apenas de paisagem, água e lembranças das nossas noites livres de amor e de paz.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Escada pra subir e pra descer. Escada. Só isso.Ruelas grafitadas. Trepadeiras bem cortadas; matas feitas de copas com quatrocentos tons dê cor.Deserto de areias brancas, de curvas serpejantes e alaranjadas rabiscadas pelo temporal. Vastidão. Olhos apontados pro céu estrelado. Neste instante,não existe mais labirintos, nem procuras, nem saídas. Só existem eu, o céu e a bondade que me atravessa o gosto. Minha imaginação têm luz, cheiro, textura e dor. A! Que saudade das estrelas dálias, das princesas e das bailarinas perambulando minhas noites solitárias. Que vontade de acordar em paz, sem gemidos, sem ruídos, sem complexidades. Água, pão e amor. Que vontade de chorar, mas não sou mais rio, não sorrio e não deságuo em algo maior que eu.