sábado, 30 de maio de 2009




O verde reto do gramado segue até o infindo. O campo é maior que o mundo e o mundo é grande.

Meu olhar está no jogo, olhos de teleobjetivas cadentes. Eu estou de fora, mas meu corpo ameaça cruzar em ato reflexo, a linha branca que me separa do meu olhar.

Eu não ganho, não perco, não luto. Existo por alguns segundos e depois me agito num drible imaginário, num passe perfeito que eu fiz dentro do meu peito.

Não torço por cores, bandeiras ou gritos. Eu sou fome de bola. No meu mundo redondo, no universo de ausências fiz todas as jogadas de craque.

Quando todas as estrelas param começa minha partida. Jogo por todos com apenas um lançamento. Não tenho nome, não tenho rosto, não tenho idade.
Eu sou o gandula.

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