SAUDADE
A saudade é linda como uma flor desenhada com sangue sobre o mármore branco. É a falta de algo tão presente que não poderia estar tão longe. Pureza de tecido negro de seda, integridade no peito, aperto, esperança misturada com ausência e medo. É olhar o horizonte e não ver nenhum barco chegando. Confrontar o tempo com a face nua, roer os segundos eternos, aviva-los a cada passo a deriva.
A saudade enfrenta o orgulho e fere o coração. Involuntariamente faz abstêm-se de si pelo outro que não está, que é, mas não está, que é tanto, mas não está.
A saudade sensibiliza corações petrificados ao sentir a dúvida do não regresso. Fel concentrado. Mão direita e esquerda a cumprimentar-se sendo as mãos imaginadas.
Não ter um mapa e mesmo assim seguir em frente na escuridão. Ouvir folhas secas estalarem sem saber se são folhas ou monstros da noite.
2 comentários:
Que merda lambari, que bosta esses seus poemas... vai se fuder, arruma uma mulher pra você ao invés de escrever esse monte de bosta.
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