sábado, 17 de janeiro de 2009

SAUDADE

A saudade é linda como uma flor desenhada com sangue sobre o mármore branco. É a falta de algo tão presente que não poderia estar tão longe. Pureza de tecido negro de seda, integridade no peito, aperto, esperança misturada com ausência e medo. É olhar o horizonte e não ver nenhum barco chegando. Confrontar o tempo com a face nua, roer os segundos eternos, aviva-los a cada passo a deriva.

A saudade enfrenta o orgulho e fere o coração. Involuntariamente faz abstêm-se de si pelo outro que não está, que é, mas não está, que é tanto, mas não está.

A saudade sensibiliza corações petrificados ao sentir a dúvida do não regresso. Fel concentrado. Mão direita e esquerda a cumprimentar-se sendo as mãos imaginadas.
Não ter um mapa e mesmo assim seguir em frente na escuridão. Ouvir folhas secas estalarem sem saber se são folhas ou monstros da noite.

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Que merda lambari, que bosta esses seus poemas... vai se fuder, arruma uma mulher pra você ao invés de escrever esse monte de bosta.