quarta-feira, 29 de junho de 2011





Você dorme como
um lago negro
cercado de
vaga-lumes.

No vidro da janela
a chuva fina

te desenha
num rosto de

gotas abertas.

A chuva dissolve
o suspiro do seu

hálito

doce

que aquece nossa

cama
e o mundo.

La fora a cinza poesia concreta

dança
sob o vento gélido.

E aqui dentro de nós
e do teu sono,

essências

vermelhas

saturam bilhões de micro

sóis

como
uma malha de cavaleiro andante,

que por mais de mil
instantes

sonha

enquanto a espada descansa os
braços,

que suaviza a alma,

que protege

o amor.

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